Segundo Ricardo Takahira, coordenador do comitê técnico de eletro-eletrônica da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, o condutor realmente pode demorar um pouco para notar a perda de pressão quando o veículo conta com direção com assistência hidráulica ou elétrica, ainda mais considerando que os condutores possuem um grau de sensibilidade muito diverso. “Apesar disso, uma perda que leve a pressão a menos de 20 bar, conforme comentou o leitor, pode ser sentida sem dificuldade”.

Vale lembrar que o funcionamento desse tipo de direção, no caso das mais modernas, pode confundir a percepção do motorista. “O comportamento desses sistemas varia de acordo com a velocidade. Para manobras, ou quando se trafega devagar, o ‘peso’ do volante fica muito baixo. Quanto maior a velocidade, o volante tende a ganhar ‘peso’, para garantir um controle maior sobre o veículo”.

Takahira comenta ainda que, nos Estados Unidos, está se tornando obrigatório para as montadoras equipar seus veículos com um dispositivo que monitora a pressão dos pneus, item de segurança que evita que a pressão caia demais, até porque os motoristas possuem um grau de sensibilidade muito diferente. “Seria uma novidade importante para o consumidor brasileiro”, completa.